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28/11/2021 - Artigo de Dom Frei Severino Clasen: Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe

Artigo de Dom Frei Severino Clasen: Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe

Concluímos a Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, realizada de 21 a 27 de novembro.

Foi uma semana cheia de orações, reflexões, testemunhos de vida pastoral, sonhos, memórias e desafios para o futuro da Igreja no Continente Americano e Caribe.

O Papa Francisco, com certeza, de olhos e ouvidos atentos na Assembleia Eclesial.

As reflexões foram pertinentes para um mundo em estado de pandemia, com a dor da perda de milhões de fiéis vítimas da Covid-19. Muitos momentos e frases de consolo foram pronunciados em vista da perda de muitos líderes cristãos, famílias, Organismos do Povo de Deus que não escaparam de mortes neste tempo dramático.

A intenção era reavivar as conclusões da Conferência de Aparecida (2007), reativar as decisões engavetadas de Aparecida, assumir a eclesiologia animada, conduzida pelo Papa Francisco, para uma Igreja em saída, com olhar para o sínodo, a sinodalidade da Igreja.

Destaques como pontos chaves de reflexão:

  • Centralidade de Jesus Cristo e sua Palavra em nossa ação pastoral.
  • A conversão pastoral integral e os quatro sonhos proféticos: Sonho social, ecológico, cultural, eclesial.
  • A Igreja em saída missionária.  O Ressuscitado envia os discípulos, de modo especial, os apóstolos para serem missionários. Todas as pessoas batizadas são enviadas. Igreja em estado permanente de conversão, é uma Igreja em estado de missão.
  • Da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe ao Sínodo da sinodalidade. Pela dignidade do Batismo, todos somos chamados a contribuir para a Igreja sinodal: as mulheres, os negros, indígenas, os jovens, os excluídos e marginalizados estão chamados a caminhar com vigor e ternura nos novos caminhos, na missão da Igreja. Este é o pedido, a insistência do Papa Francisco.
  • Sinodalidade do Povo de Deus. As primícias da fé nos chamam para caminhar na unidade, em comunhão. Só o amor é digno de fé. Como ressoa no coração as vozes dos que não são escutados, silenciados?

 

As temáticas foram pertinentes, atuais, desafiadoras. Falta-nos agora a coragem para sair. A porta já se abriu. Uma Igreja que faz pontes e não muros ressoou inúmeras vezes na Assembleia. O grito contra o clericalismo, contra as estruturas cansadas, superadas, o autoritarismo, o conservadorismo e a exclusão das minorias, constantemente foram lembrados.

Destaco o testemunho dos jovens que pedem acolhida, cuidado, matéria para crescerem na busca dos sonhos na vida eclesial e vida profissional. Os jovens podem contribuir para uma Igreja sinodal mas pedem ajuda aos mais velhos que garantam caminhos seguros para buscarem a realização de seus sonhos.

 

Desafios permanecem.

Continuamos com uma Igreja centralizada em estruturas, práticas sacramentalistas, com pouca misericórdia, a exemplo da samaritana, do bom Samaritano.

Acolher e cuidar continua sendo a ferida aberta, com pouco curativo. Acentuamos a vivência sacramental para alguns com o monopólio do controle moral enquanto muitos se afastam, ou não buscam vínculo com a Igreja em vista de um moralismo fechado e excludente.

O clericalismo, tanto do clero quanto dos leigos e leigas, precisam romper com práticas de conservadorismos para abrir o coração e mergulhar na fonte da misericórdia que o Pai revela no relata do Filho Pródigo. Acolher e cuidar sem repreender e moralizar.

 

Há esperança

Após a Assembleia aumentou minha esperança para uma Igreja do acolhimento e do cuidado. Saber acolher e cuidar é a mística que nos orienta para o futuro da Igreja. Saber acolher os mais desprezados para aprender a arte do cuidado, revelam a ternura que somente a fé no ressuscitado dá sentido à nossa vida social e eclesial.

Estaremos, assim, no caminho da verdadeira Igreja anunciado pelo Ressuscitado. A porta se abriu, vamos sair juntos, em espírito sinodal, encharcar o mundo com o Evangelho da alegria e da esperança. Eu acredito, eu assumo, eu vou junto.

 

 

Dom Frei Severino Clasen, OFM

Arcebispo Metropolitano de Maringá


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